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Banda coreana D.COY cita Ivete Sangalo, Judas Priest e 5 Seconds of Summer como inspirações: “nosso estilo é a diversidade”


  • 28/09/2021 - 18:58
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D.COY falou sobre referências musicais e carreira em entrevista exclusiva para a Highway Star

Formado por Jung Min (vocais e teclados), Hyuk Jin (guitarra), Do Sun (bateria) e Won Shin (vocais e baixo), o D.COY é uma banda coreana, que começou sua carreira em fevereiro de 2020, lançada pela gravadora Rolling Culture One. O grupo começou sua carreira como um quinteto, mas o vocalista Sungwoo deixou o barco em fevereiro deste ano, por motivos pessoais. Com dois singles já lançados, “Color Magic” e “Go Away”, os rapazes têm se esforçado para se estabelecer na concorrida cena da música coreana. 

“O nome de nosso grupo, ‘D.Coy’, é uma forma modificada da palavra em inglês ‘decoy’, e quer dizer que queremos ‘capturar’ o coração do público com a nossa música”, explica Jung Min. Cada um dos integrantes é representado por uma “pedra preciosa”, uma forma que o grupo encontrou de apresentar alguma característica pessoal sua para o público. “Eu represento o rubi e o símbolo do rubi significa paixão e amor”, conta Jung Min. “Eu fiquei com a ametista, que significa diligência”, fala o guitarrista Hyuk Jin. “Eu fiquei com a safira, que significa sinceridade e verdade”, diz Won Shin. “Selenite é a pedra que eu uso. Eu gostei porque tem significados fofos como amor e cura. Além disso, como a selenite parece mudar de cor dependendo de como as pessoas a veem, eu acho que a nós combinamos pois eu também tenho várias qualidades para mostrar”, explica Do Sun.

A rotina de atividades de um artista que se lança na cena da música pop coreana normalmente inclui aparições em programas de TV, apresentações ao vivo para o público e outros eventos, como sessões de autógrafos. Todo esse processo tem ajudado grupos a se consolidar e conquistar o público coreano e, consequentemente, o público internacional. Desde o ano passado, no entanto, novos artistas têm enfrentado dificuldades de se promover devido às mudanças causadas pela pandemia da covid-19. “Na verdade, eu fiquei muito decepcionado e triste com a situação, por termos feito nossa estreia durante a pandemia da covid-19. Nós não pudemos mostrar muito de nós mesmos para o público e não tinha muito que pudéssemos fazer. Então pensamos que poderíamos melhorar nossa habilidades até que a situação melhore”, disse Won Shin.

Outra dificuldade, para artistas como o D.COY, é a preferência que o público coreano demonstra por grupos de artistas que cantam e dança, de estilos como pop e hip-hop, em detrimento de artistas que navegam mais pelo rock e se apresentam com instrumentos. Perguntamos ao D.COY sobre essa predileção do público coreano em não dar tanto espaço para bandas de rock e artistas instrumentistas. “Eu tenho muitas coisas para falar sobre esse assunto. Se eu fosse convidado mais uma vez (para dar entrevista) e tiver tempo disponível, eu acho que posso falar sobre isso mais profundamente”, disse Do Sun, rindo. “Mas por ora, eu acho que grupos que cantam e dançam são mais facilmente acessíveis. Então pessoas talentosas se sentem receosas em tentar formar bandas e tocar instrumentos e esse processo vai se repetindo continuamente”. 

Ainda assim, os integrantes do D.COY falam sobre seu amor pela música e pelos seus instrumentos musicais. Cada um deles nos contou como descobriu que queria seguir a carreira musical. “Eu era atleta quando era mais novo mas me machuquei enquanto me exercitava. Naquela época, eu fui consolado pela música e, desde então, eu sonho em fazer músicas que possam confortar as pessoas”, disse Jung Min.

“Antes, eu achava que eu nunca conseguiria tocar um instrumento musical. Mas todos os meus familiares amam música e fui exposto à música naturalmente, então pensei que eu poderia fazer isso também. Eu cantava e fazia rap no meu bairro. Depois comecei a tocar bateria para me aprimorar”, contou Do Sun. “Eu precisava tocar instrumentos que combinavam com o que eu estava cantando. Acho que foi por isso que comecei a tocar. Além disso, quando eu vi um vídeo de uma apresentação ao vivo do Coldplay, eu me apaixonei pela música e me interessei por isso”, explica Won Shin.

Já Hyuk Jin se inspirou em estilos mais pesados para seguir na carreira musical. “Quando eu estava no ensino fundamental, quando eu ouvia ‘Painkiller’, do Judas Priest, eu sentia que meu coração batia mais rápido. Depois disso, eu continuei ouvindo esse tipo de música e percebi que gosto de rock e metal. Então aprendi a tocar guitarra”, conta o guitarrista. 

Mas as referências musicais dos rapazes vão além de Judas Priest e Coldplay. Jung Min, Hyuk Jin e Won Shin concordam que os australianos do 5 Seconds of Summer são a principal referência para o D.COY. Hyuk Jin explica que buscam inspiração no trabalho do grupo “para se tornar uma banda de pop rock”. “Estou aprendendo muito ouvindo as músicas deles”, disse Won Shin.

Já o baterista Do Sun traz outros nomes. “A variedade de músicas que eu estudo é muito ampla, então na verdade é difícil de escolher. Mas pensando em bandas de rock, eu vou citar apenas aqueles que estão em alta no momento. Por exemplo, as músicas do Official Hige Dandism são muito elaboradas e bonitas artisticamente, então estou tentando aprender muito com eles. Quando fazemos rock, eu busco também ouvir o som meio pop do Imagine Dragons”.

“Cada integrante tem seu próprio estilo, então buscamos fazer vários estilos de música diferentes. Em uma palavra, o estilo musical do D.Coy pode ser descrito como ‘diversidade’”, explica Jung Min. Essa diversidade apareceu também quando perguntamos se o grupo tinha alguma referência na música brasileira. 

“Eu conheci um pouco da música e dos artistas do Brasil por meio de indicações de muitos fãs enquanto fazíamos lives. Minha música favorita brasileira é ‘Quando a Chuva Passar’, da diva brasileira Ivete Sangalo. O significado e o clima da letra me fascinaram”, diz Jung Min. “Eu recentemente participei de um programa coreano chamado ‘Super Band’ e vi outros participantes do programa tocarem ‘Tocar Você’ (Duda Beat) e isso me atraiu muito. Foi aí que me interessei pela música brasileira”, comenta Hyuk Jin. “Eu gosto de ‘Mambembe’ da Maria Freitas. Sinto um conforto quando escuto essa música”, fala Won Shin. 

“Na verdade, eu gosto de Bossa Nova e já estudei um pouco sobre. Eu escutava músicas como ‘Chega de Saudade’ e ‘Garota de Ipanema’ tantas vezes que posso até cantá-las agora”, comenta Do Sun, que cantou um pequeno trecho de “Garota de Ipanema” em vídeo divulgado recentemente no canal da Highway Star no YouTube.

Cada um dos integrantes do D.COY também traz diferentes bagagens para contribuir para essa diversidade musical que eles querem apresentar ao público. Won Shin, por exemplo, diz que busca inspiração em um integrante de outra banda bem conhecida da Coreia. “Eu me inspiro muito no Young K, do DAY6, e tento assistir muitos de seus vídeos. O Young K tem chamado atenção não apenas por tocar baixo, mas por cantar, então tento aprender muito com ele”. Já o tecladista Jung Min conta que aprendeu a tocar piano quando praticava canto. “Eu aprendi a tocar piano naturalmente enquanto praticava canto. Então pude me tornar o tecladista do D.Coy. Eu não acho que eu tenha encontrado meu próprio estilo ainda, então ainda estou praticando para isso”, ele confessa.

Já o baterista Do Sun conta que, inicialmente, pensou em estudar guitarra. “Eu pensei em tocar guitarra primeiro, mas tinham muitos estudantes que tocavam guitarra na escola então mudei para a bateria para ser mais competitivo. Pessoalmente, acho que mais de 80% dos sons das músicas modernas dependem da qualidade da bateria ou da percussão se não for um som acústico. Então é assim que eu me sinto sobre a importância desse instrumento”.

Quem também traz uma referência inusitada para a banda é Hyuk Jin. O guitarrista estuda engenharia na faculdade, conciliando os estudos com as atividades do D.COY. “Para mim, a Engenharia é algo mais familiar e natural, pois eu tenho estudado matemática e ciências desde muito novo. A música e o som são baseados na engenharia também, então é divertido saber mais sobre isso para tentar algo diferente”, ele explica.

Quem quiser conhecer mais sobre o D.COY, o grupo indica que, daqui do Brasil, podemos buscar diferentes formas de interação com eles. “O Brasil é provavelmente um dos países mais distantes da Coreia. É uma longa distância física, então acho que é melhor se ficarmos próximos psicologicamente. Eu espero que os artistas da Coreia e do Brasil possam trabalhar juntos, interagindo e se acostumando com essa proximidade, como estamos fazendo agora por meio dessa entrevista”, diz Hyuk Jin. “Foi muito significativo podermos ter esse contato com os fãs braisleiros. Por favor continuem mostrando muito interesse por nossa banda, o D.Coy. Obrigado por lerem a entrevista!”, completa.

“Desde nossa estreia, vivemos na pandemia do covid-19 e não pudemos mostrar vários lados nossos para o público. No entanto, iremos continuar a mostrar boas músicas e apresentações para que possamos receber amor do público, então por favor mostrem muito interesse”, comenta Jung Min.

“É uma pena não termos tantas oportunidades de mostrarmos nosso trabalho por causa da covid-19, mas iremos trabalhar muito para mostrar o melhor de nós para vocês. Por favor, continuem a amar o D.Coy. Obrigado!”, agradece Won Shin. “Eu espero que essa leitura tenha sido agradável para vocês! Estamos nos esforçando para melhorar e espero que vocês gostem! Até mais!”, finaliza Do Sun.