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Entrevista exclusiva: Dreamcatcher fala sobre teorias de fãs e sonoridade: “somos pioneiras de nosso próprio estilo musical”


  • 08/04/2021 - 17:10
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Para a Highway Star, o Dreamcatcher falou sobre carreira, utopia e distopia e sobre as influências do rock em suas músicas

“Que utopia é essa que estamos buscando?”. É essa a pergunta que o Dreamcatcher tem feito por meio de seus mais recentes trabalhos de estúdio. As discussões sobre os conceitos de utopia e distopia começaram no primeiro álbum completo das meninas, “Dystopia: The Tree of Language”, lançado no início de 2020. Depois, para completar a trilogia, vieram “Dystopia: Lose Myself”, também do ano passado, e “Dystopia: Road to Utopia”, lançado este ano para concluir a caminhada do grupo até essa tão sonhada fantasia utópica. Em uma cena tão diversa como o k-pop, o Dreamcatcher tem se destacado com uma musicalidade única e por trazer em suas letras discussões sobre problemas da sociedade, com temáticas mais densas do que os habituais temas alegres do k-pop.

“Nós somos mais intensas para expressar problemas do mundo real e gostamos de falar sobre assuntos diferentes em nossos álbuns”, explica Dami. A sonoridade do Dreamcatcher e a mensagem de suas músicas são bem diferentes do que estamos acostumados a ver entre os grupos femininos no k-pop. Na contramão da ideia de que grupos femininos devem optar pelos já conhecidos “conceitos sexy” ou “conceitos fofos”  que cantam músicas românticas, as canções do Dreamcatcher tem uma pegada mais pesada e com letras que usam metáforas sobre fantasias para discutir questões da sociedade. “Cada grupo tem sua própria identidade. Dentre eles, eu acho que o estilo do Dreamcatcher é algo mais sombrio. Não é que eu não goste de cantar músicas românticas, mas gosto mais de me expressar dentro nosso próprio estilo”, completa JiU.

“Não existe apenas amor no mundo. Acho que é mais legal se pudermos cantar sobre assuntos diferentes”, SuA acrescenta. “Eu acho que o Dreamcatcher também fala de amor, mas de uma forma mais ampla. Então eu penso que nossas músicas não deixam de falar sobre isso. Acho que é mais interessante se cada trabalho for apresentado com a própria identidade do Dreamcatcher”, opina Gahyeon. Apesar de buscarem apresentar uma temática diferente do que é esperado para um grupo feminino do k-pop, as meninas do Dreamcatcher fazem questão de não deixar brecha para nenhuma especulação sobre rivalidade feminina. “Eu apoio cada grupo pois cada um tem uma mensagem diferente para expressar e apresentar para o público”, explica Dami.

Yoohyeon concorda com a colega e acrescenta que esse diferencial é uma questão da identidade do grupo: “Eu acho que existem muitas possibilidades diferentes. Dentre elas, somos um grupo que se expressa por um lado mais sombrio e com a intensidade do rock. Eu acho que essa é a nossa identidade”.

“Pessoalmente, acho que estamos no caminho certo. Eu fico feliz de ouvir histórias de pessoas que ganharam confiança e ficaram motivadas ao ver a confiança e a força que demonstramos no palco”, ressalta Siyeon, que destaca a importância do processo de identificação do público com o trabalho do grupo.

Esse diferencial que o Dreamcatcher cita sobre sua identidade é perceptível em diferentes níveis das canções do grupo. O principal deles talvez seja a sonoridade. O k-pop por si só é um movimento musical caracterizado pela influência de diferentes gêneros musicais: hip-hop, música eletrônica, synthpop, R&B, disco, funk, soul… são diversos os estilos de música que ajudam a compôr a amálgama sonora que é o k-pop. Dentro dessa diversidade, o Dreamcatcher tem se destacado por, desde sua estreia, buscar referência em estilo musical que representou a juventude para diferentes gerações: o rock. Apesar de ter sido por décadas o estilo característico dos jovens, nos últimos anos o rock tem perdido seu protagonismo para outros estilos musicais, como o hip-hop, o R&B e a música eletrônica. Da mesma forma, o rock não é o estilo musical mais presente entre o caldeirão de influências do k-pop, mas desde seu primeiro lançamento, o Dreamcatcher tem apostado no gênero de forma muito consistente. “Acho que esse é um caminho que tem três efeitos diferentes. O primeiro é que dessa forma, podemos apresentar o rock para um novo público. Segundo, acho que de certa forma um novo gênero musical surge dessa mistura. E acho que essa combinação também pode ajudar a popularizar o k-pop mundialmente”, acredita Dami.

A influência do rock no som do Dreamcatcher é notável principalmente pelo pronunciado uso de guitarras elétricas e instrumentos de percussão, em detrimento do habitual som mecânico do k-pop. Apesar disso, o som do Dreamcatcher é predominantemente pop: o destaque à figura do vocalista, o foco em melodias dançantes e com estruturas musicais baseadas em fórmulas de introdução, verso e refrão de forma a serem mais cativantes, além do uso de diferentes referências musicais são características básicas do que conhecemos como música pop. “Acho que o mais importante em mesclar o rock com o k-pop é saber que vão se lembrar da música mesmo após ouví-la apenas uma vez. Nós tentamos trabalhar com os gêneros musicais de forma que as músicas sejam viciantes e fiquem na cabeça de quem ouve”, diz SuA, consciente da diversidade sonora de seus trabalhos.

Yoohyeon credita essa pluralidade ao time que está por trás do grupo: “Felizmente, temos ótimos compositores que sabem misturar diferentes estilos de música muito bem, e por isso acho que nossas músicas têm sido bem aceitas”. Assim como Dami, Siyeon acredita que essa mistura acaba por construir um gênero musical inédito:  “Me sinto orgulhosa de ver que somos, de certa forma, pioneiras de nosso próprio estilo musical. É uma honra ver que várias pessoas, e não apenas a gente, percebam nossas músicas dessa forma”.

Questionamos, portanto, qual música seria a mais representativa desse “estilo único” único do Dreamcatcher. “‘Scream’! Eu acho que é uma música muito perfeita. Foi a faixa-título de nosso primeiro álbum completo. Se eu pudesse me apresentar com apenas uma música, eu acho que escolheria ‘Scream’”, opina Siyeon, que compartilha da mesma opinião de SuA: “melodias intensas, uma apresentação incrível e até o figurino era ótimo! Eu acho que ficou perfeito”. Gahyeon e Dami, por sua vez, concordam que ‘Chase Me’, primeiro hit do grupo, foi o que ajudou a moldar essa identidade do grupo. “Foi a música que abriu as portas para o mundo do Dreamcatcher”, diz Gahyeon. Dami completa: “Foi nossa música de estreia, então tínhamos que mostrar nossa identidade e nosso trabalho como equipe”. Yoohyeon faz coro às colegas: “Recomendo fortemente ‘Chase Me’ e ‘Scream’”. JiU concorda e ainda cita “Deja Vu”: “Eu acho que ‘Chase Me’, ‘Deja Vu’ e ‘Scream’! Acho que o som da guitarra se destaca bem!”.

Para compor esse estilo musical único do Dreamcatcher, com esse flerte entre o lado pop orientado para a dança e as melodias fortes do rock, as meninas buscam referências em mulheres da música que também fazem um cruzamento entre os dois estilos de música, que para alguns podem ser até mesmo considerados como opostos. “Eu amo a P!nk. Eu sempre canto músicas dela quando estou ensaiando”, Siyeon cita a cantora e compositora pop norte-americana, que carrega a herança do rock em músicas como “Sober”, “So What” e “Raise Your Glass”. “Sempre citei muito o BABYMETAL como uma referência nossa desde o início. Pessoalmente, ultimamente tenho me inspirado muito pelas apresentações da Demi Lovato para praticar meu canto”, acrescenta Yoohyeon, com mais dois importantes nomes da música quando o assunto é mistura entre o pop e o rock, ou no caso do BABYMETAL, entre o pop e o heavy metal. 

Apesar do rock ser o estilo mais notável entre as influências sonoras do Dreamcatcher, verdade seja dita, o gênero está longe de ser o único presente nos trabalhos do grupo. Se o rock é mais marcante nos singles do grupo, as músicas do “lado B” das meninas apresentam uma lista mais variada de gêneros musicais: música eletrônica, eurodance e até jazz podem ser encontrados no álbum da banda. “Can’t Get You Out of My Mind”, “Poison Love” e “Jazz Bar” são algumas das “b-sides’ do grupo recomendadas para quem quer ouvir um lado diferente do Dreamcatcher. “Vocês podem escutar diferentes gêneros musicais em nossos trabalhos. Eu acho que esses aspectos de nossa energia e nosso estilo é algo que pode agradar gostos diferentes”, acredita SuA.

“Não é legal fazer isso? Eu fico orgulhosa de saber que o Dreamcatcher se sai bem mostrando diferentes lados”, comenta Gahyeon. Siyeon completa: “Sempre que penso sobre isso, penso que podemos nos esforçar para mostrar outros lados do Dreamcatcher. Se mantermos nossa identidade e trabalhar com diferentes estilos musicais, acho que iremos alegrar os olhos e os ouvidos dos InSomnia (fã-clube do Dreamcatcher). Eu gosto desse tipo de desafio”. Quem também topa desafios é Yoohyeon, que confessa: “Quero tentar misturar nossa identidade com o hip-hop da próxima vez”. 

Quando se trata de outros estilos musicais, as referências do Dreamcatcher também são diversas. “Ultimamente, tenho ouvido muito ‘The Museum’, do Colde. Acho que todos deveriam ouvir essa música nem que seja uma vez”, sugere SuA. “Eu tenho ouvido muito ‘Return’, do Lee Seunggi. Vocês podem ver meu cover de ‘Return’ no canal do Dreamcatcher no YouTube! E a trilha sonora de ‘Full Moon o Sagashite’ está sempre na minha playlist”, conta Siyeon. Quem também tem um gosto musical variado é Yoohyeon: “Eu gosto mais de ouvir músicas antigas. Mas ultimamente tenho ouvido muito ‘Calling My Phone’, do Lil Tjay”. Gahyeon e Dami também dizem que gostam de ouvir de tudo um pouco. “Eu tenho ouvido de tudo, músicas novas e antigas de diferentes estilos”, explica Gahyeon. “Tem muitas músicas que eu gosto, desde os lançamentos até as mais antigas. Eu tento ouvir de tudo, das sugestões do algoritmo do YouTube até as indicações que os fãs nos mandam”, explica Dami.

Outro diferencial citado pelo Dreamcatcher sobre sua identidade é a temática de suas músicas. Uma análise das letras do grupo deixam claro que o Dreamcatcher é um grupo contador de histórias. Em seus trabalhos mais recentes, as meninas abordaram a problemática de uma sociedade que vive em constantes conflitos mas segue em busca de uma sonhada e inalcançável utopia. “Nós queríamos falar sobre um assunto que fosse relevante e com o qual todos se preocupassem. Pensamos então o que seria uma ‘distopia’ e uma ‘utopia’ e então construímos uma história com base nisso”, explica JiU. “Nós queríamos apresentar uma história diferente e que ajudasse a construir uma imagem nova para o Dreamcatcher”, acrescenta Gahyeon.

Utopia e distopia são conceitos utilizados para discutir a respeito da perspectiva que temos sobre o futuro da nossa realidade. O tema foi discutido por diferentes autores e talvez a visão que esteja mais em concordância com o tema apresentados pelas músicas do Dreamcatcher são as discussões do filósofo alemão Walter Benjamin, que apresentou a utopia como parte da relação entre passado, presente e futuro, em que a sociedade contemporânea não consegue pensar em uma utopia para o futuro ao romper com seu passado e não conseguir fazer uma crítica sobre o presente. “Eu acho que essa utopia seria ‘um compromisso com a realidade’. A utopia com que cada um sonhou bate na trave da realidade onde muitos problemas existem e não podem ser resolvidos. Mas mesmo assim temos sonhos. Acho que nosso futuro só tem sentido com a esperança de que uma utopia se desdobre a partir daí”, Dami disserta sobre o conceito de utopia nos trabalhos do Dreamcatcher.

Em seu videoclipe mais recente, do single “Odd Eye”, uma das interpretações possíveis é uma compreensão de que o Dreamcatcher faz sobre uma crítica ao mundo midiatizado que vivemos hoje, que cria uma “fantasia” enquanto a sociedade está rodeada de ódio, de críticas ao outro e que não pode chegar à sonhada utopia por não conseguir se desvencilhar dessa situação. “Acho que o fim da utopia seria quando não tivéssemos mais nenhum pensamento positivo, quando não conseguirmos encontrar felicidade em mais nada. Acho que seria o fim da vontade até mesmo de tentar se reerguer diante das dificuldades”, acredita SuA.

Diante de uma realidade tão cercada por problemas sociais, questionadas sobre como seria uma sociedade utópica hoje, as meninas do Dreamcatcher têm opiniões diversas. “Acho que seria uma sociedade em que todos fossem felizes, talvez? Mas ao mesmo tempo, acho que seria uma sociedade sem grandes avanços, pois todos já estariam satisfeitos e não buscariam coisas novas”, JiU questiona. Gahyeon, por sua vez, discute sobre uma ideia mais abstrata: “Eu acho que utopia é algo que pode estar dentro de nossa mente. Mesmo que haja muitos problemas, não seríamos mais felizes se encontrássemos nossa própria utopia em nossas vidas?”

Com histórias contadas em seus clipes e letras, que abrem possibilidades para diferentes interpretações sobre os temas abordados, é inevitável que surjam as mais variadas compreensões sobre as músicas do Dreamcatcher. Uma consequência dessas articulações são as constantes discussões entre fãs do grupo sobre as teorias que estão por trás dos trabalhos das meninas. Cuidadosamente, os InSomnia destrincham detalhes sobre as músicas, as letras e os videoclipes do Dreamcatcher, em busca de pistas que ajudem a compreender o universo apresentado pelas cantoras. Em retorno, o grupo afirma que acompanha essas discussões, que acabam por trazer uma nova luz sobre seus trabalhos e fazem com que os fãs assumam também um posto de criadores e colaboradores do Dreamcatcher. “Já vimos muitas ideias diferentes. Até mesmo em cenas que não esperávamos, os fãs trouxeram para a gente um sentido, então foi muito bom ter contato com uma história ainda mais rica. Especialmente no videoclipe de ‘BOCA’, os fãs interpretaram que nossas integrantes estavam mais próximas da utopia de acordo com a distância que estávamos da árvore que aparece no vídeo”, conta SuA. Essas interpretações surpreendem o grupo, ao surgirem até mesmo em situações inesperadas. “Na prévia do videoclipe de ‘Odd Eye’, Siyeon abriu os olhos e os fãs apresentaram um sentido para aquilo. Na verdade, ela só abriu os olhos instintivamente”, disse Dami, rindo.

Se a criação de teorias é uma característica dos fãs do Dreamcatcher, outro assunto que frequentemente aparece entre o público quando o assunto são as músicas do Dreamcatcher é a comparação dos trabalhos das meninas com as músicas tema dos animes japoneses. Não é raro ver algum comentário dizendo que algum single do grupo combinaria perfeitamente com a música de abertura de algum anime. Sobre o assunto, o Dreamcatcher revela que se sente familiarizado com as comparações e confessa sobre sua relação com o universo das animações. “Eu costumo assistir animes para estudar japonês e ‘Kiseijū’ é o primeiro que lembro quando o assunto é anime. A história é muito legal e divertida, então me lembro de assistir muito os episódios de ‘Kiseijū’”, diz Siyeon. “Eu também adoro animes! Eu gosto de ‘One Piece’”, se manifesta Handong, que confessa que gostaria de gravar músicas temas de seus animes favoritos. Ainda no campo das animações, Yoohyeon completa: “Eu gosto muito de assistir desenhos quando quero relaxar. Eu amo ‘Rick e Morty’ e as animações do Studio Ghibli. E eu queria muito cantar uma música tema de ‘Kakegurui’”.

Se a sonoridade do Dreamcatcher apresenta semelhanças com a música japonesa, a combinação entre o som do grupo e artistas do Japão certamente seria uma escolha acertada. E foi. No ano passado, o grupo lançou o single “Endless Night” no mercado fonográfico nipônico, em parceria com o baterista Katsuma da banda coldrain. “A bateria deu um toque totalmente diferente para a música. Foi incrível poder trabalhar com um baterista como o Katsuma, agradecemos muito pela oportunidade!”, diz Yoohyeon. “Ouvir a batida da bateria do Katsuma fez meu coração bater mais forte! Quando eu ouvi pela primeira vez a faixa demo, eu achei muito incrível. Eu queria gravar a música o mais rápido possível”, relembra JiU. “É muito cheia de energia. Só de ouvir a música você consegue sentir a energia de uma banda de instrumentistas de verdade e eu acho que a sinergia ficou incrível”, acrescenta Dami.

Ao falar sobre parcerias, as meninas citam também outros artistas com quem gostariam de trabalhar. “Eu queria gravar com a Selena Gomez! Eu escuto muito as músicas dela e gosto muito. Gosto muito de ‘Rare’”, diz Yoohyeon. Dami também citou uma das grandes revelações da música pop dos últimos anos: “Billie Eilish! Eu pessoalmente gosto muito da voz e do estilo de música dela, então gostaria de gravar com ela um dia”. Saindo da lista de estrelas internacionais, JiU e SuA preferiram citar seus conterrâneos. “Se eu tiver a oportunidade, gostaria muito de trabalhar com a IU!”, confessa JiU. “Eu gostaria de um dia me apresentar no palco com o DAY6, com a banda ao vivo. Eu acho que seria incrível”, imagina SuA. Gahyeon e Siyeon, por sua vez, concordam quando o assunto é parceria e não foram muito longe para citar com quem gostariam de gravar. “Antes de mais nada, quero gravar com cada uma das nossas integrantes! Venham subgrupos!”, pede Gahyeon. “Eu também queria fazer um subgrupo com nossas integrantes”, concorda Siyeon.

Em dezembro de 2017, o Dreamcatcher brindou os fãs do Brasil com sua primeira turnê no Brasil. Com produção da Highway Star, as meninas fizeram um show em São Paulo e passaram por Recife, Brasília e Rio de Janeiro com sessões de autógrafos, que permitiram que os fãs brasileiros pudessem ter um contato próximo com o grupo. “O Brasil é um país apaixonante e muito caloroso. Eu me lembro de ver pessoas maravilhosas que sabiam realmente curtir o que gostam”, relembra JiU. “Eu me lembro mais do amor que os fãs nos deram. Isso me deu força logo que começamos a cantar, então consegui terminar o show sem me sentir cansada”, conta Dami, seguida por Yoohyeon: “Eu também me lembro muito do amor dos fãs. Vocês esperaram tanto tempo e nós ficamos muito gratas de vocês terem nos recebido tão bem”.

Além do amor dos fãs, o Dreamcatcher também pode conhecer um pouco sobre a cultura, a gastronomia e até sobre os produtos brasileiros. Recentemente, SuA comentou que se encantou por um creme brasileiro que ganhou durante a turnê: “O cheiro do creme que me deram no Brasil é tão bom que eu me apaixonei por ele. Quando eu voltar para o Brasil, vou comprar com toda certeza! Eu lembro também dos salgadinhos do Brasil e quero muito sentir novamente o calor dos fãs do Brasil”. “Comemos muitos pratos com carne que eram deliciosos. Mas o mais importante de tudo: o contato com os nossos fãs. Foi incrível”, lembra Gahyeon.

Três anos depois da turnê do Dreamcatcher no Brasil, a situação da pandemia deixa uma incógnita sobre quando o grupo poderá retornar para o país. “É um país que realmente quero voltar. Por favor, se cuidem e fiquem saudáveis!”, pede Yoohyeon. Desde o ano passado, mesmo diante das dificuldades geradas pelo período pandêmico, o Dreamcatcher segue trabalhando e buscando formas de estar em contato com o público mesmo diante do distanciamento social, da falta de shows e de todas as transformações que afetaram tanto a indústria cultural. “2020 foi um ano muito triste. Lamento muito por não termos podido ver os InSomnia pessoalmente após lançarmos músicas que nos esforçamos tanto para gravar. Eu tenho muitas saudades disso. Mas foi um ano também que nos esforçamos para nos comunicar de formas diferentes, já que não podíamos nos encontrar pessoalmente com nossos fãs. Aprendemos juntos a nos comunicar melhor por meios digitais!”, pondera JiU. 2020 marcou também a ausência de Handong nos trabalhos do Dreamcatcher. Natural da província de Hubei, na China, a cantora estava em seu país natal quando a Coreia impôs restrições à entrada de portadores do passaporte da cidade de Wuhan, primeiro epicentro da pandemia do covid-19. Isso impediu que Handong participasse do primeiro álbum de estúdio do Dreamcatcher, “Dystopia: The Tree Of Language” e do EP “Dystopia: Lose Myself”. “Enquanto eu estava na China, eu estudei atuação, pratiquei as músicas novas das quais eu não participei da gravação e fiz outras atividades”, conta a artista, que retomou suas atividades com o grupo em “Dystopia: Road To Utopia”. “Apesar de tudo, 2020 foi um ano em que crescemos muito. Mas foi muito triste não podermos nos encontrar pessoalmente com os InSomnia”, completa Gahyeon.

Apesar desse distanciamento, o Dreamcatcher segue motivado e a trabalhar em novos projetos e se manter em contato com seus fãs. Para os brasileiros, as meninas mandaram um recado especial: “Não podemos nos ver por causa da situação, mas sentimos muita falta de ouvir vocês cantando juntos, gritando e sorrindo. Sempre lembramos com carinho das memórias daqueles dias, então por favor, InSomnias, não se esqueçam de nós! Muito obrigado e amamos vocês!”. 

Obrigado por gostarem desta nossa identidade, iremos continuar a nos expressar de forma cada vez melhor”, conclui Yoohyeon.

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